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Marcos Manso "Marquinho" Jornalista, Presidente da Associação de Imprensa - AIB Redator-chefe do Jornal Tribuna do Grande Rio Editor da Revista Samba & Turismo Editor do Jornal Folha da Baixada Diretor da Rádio Orkut Tribuna do Grande Rio

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Grande Rio, Viradouro e Vila Isabel brilham na festa dos enredos da Liesa



Unidos da Tijuca e Mocidade também foram destaques no evento serviu como pontapé para o Carnaval 2009



O carnavalesco da Grande Rio, Cahê Rodrigues, conduz Paola Oliveira depois da apresentação da escola. Foto: Ag. News

Rio - Um brinde à cultura brasileira. Esse foi o tom da festa de apresentação dos enredos do Grupo Especial promovida pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), nesta segunda-feira. Realizada pela primeira vez na Cidade do Samba, a festividade foi marcada pela celebração de personagens importantes da história que serão homenageados no próximo carnaval. Pelo palco passaram Machado de Assis e Guimarães Rosa pela Mocidade, Darcy Ribeiro pela Mangueira, João do Rio pela Vila Isabel, Pixinguinha e Villa-Lobos na Imperatriz e ainda muitos outros.

Veja fotos de todas as apresentações

A Grande Rio, no entanto, não falou de Brasil, mas nem por isso fez feio. Pelo contrário, a tricolor de Caxias comemorou seus 20 anos de fundação com a encenação mais deslumbrante da festa. Para contar parte do enredo que vai homenagear a França, a escola reproduziu o clima do Moulin Rouge, o mais famoso dos cabarés franceses e trouxe para a atriz Paola Oliveira para comandar o show.

Paola surgiu de dentro de um moinho e dançou com bailarinos usando apenas um maiô, inspirado na década de 50, coberto de cristais e com a cauda feita de plumas de avestruz. Ao final da apresentação, ela brincou com o fato da roupa ter custado R$ 12 mil reais à agremiação. "A rainha sempre usa roupa cara. Me sinto ótima sendo rainha".

Confira fotos dos famosos e beldades no evento

Quando o assunto é fantasia de musa a Grande Rio não costuma economizar. Responsável pela roupa usada por Paola, o estilista Carlinhos Barzellai revelou que viajará essa semana para Nova Iorque para comprar materiais para o figurino da loura. "A proposta é que a escola arrase na Avenida. Nós temos materiais caros, mas vamos atrás do resto que irá fazer a diferença", contou. Para 2009, ele revelou que Paola virá com pouca roupa. "A rainha é aguardada pela nudez, ela não virá tão vestida". O desenho da roupa da atriz fica pronto neste fim de semana.

Paola Oliveira fala da expectativa para o desfile

Cada escola teve 10 minutos para transmitir seus enredos. A Vila Isabel fez a primeira grande encenação da noite e levou um bailarino representando o escritor João do Rio para o palco. Através de projeções e jogo de sombras, a escola fez uma viagem no tempo através da história da cidade para contar os 100 anos do Theatro Municipal, que serão comemorados no dia 14 de julho de 2009.

A Viradouro também empolgou favorecida pela irreverência do carnavalesco e "showmen" Milton Cunha, que conduziu a apresentação e seduziu a platéia mostrando a força da religiosidade da Bahia e a importância das fontes de energia renováveis como biodiesel feito do dendê e da mamona.

Excesso de balé

No geral, as escolas abusaram do balé para contar os enredos. Foi o caso da Porto da Pedra que usou bailarinos para interagir com imagens projetadas num telão e assim contar a relação do homem com a curiosidade, foco de seu tema. Na Portela, um grupo de bailarinos mostrou os vários tipos de amor e a presença do mais nobre dos sentimentos nos filmes, no esporte e nas relações virtuais.

O Império Serrano que vai reeditar "A Lenda das Sereias e os Mistérios do Mar", de 1976, usou imagens de rios e oceanos para passar um pouco do enredo que fala sobre o mar. No encerramento, antigos sambistas da escola como Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira foram homenageados, assim como momentos do desfile campeão de 2008. A rainha de bateria Quitéria Chagas exibiu o charme habitual.

Mocidade supera problemas

Para exaltar a história do povo brasileiro na visão do antropólogo Darcy Ribeiro, a verde-e-rosa optou por uma apresentação didática em que o carnavalesco Roberto Szaniecki simulou um entrevista com o intelectual. A Mocidade conseguiu fazer uma encenação à altura de seu enredo, apesar dos problemas com o coreógrafo Fábio de Mello, que foi demitido e readmitido na semana passada.

No palco, o grupo promoveu um encontro entre os dois homenageados do enredo: Machado de Assis e Guimarães Rosa. Machado foi vivido pelo diretor de carnaval da escola, José Luiz Azevedo, enquanto o autor de "Grande Sertão: Veredas" foi representado pelo ator Stepan Nercessian. Com um cenário caprichado que parecia a moldura de um livro, a apresentação foi encerrada com a atriz Zezé Motta cantando "A Voz do Morro", de Zé Keti, e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rafel e Marcella Alves.

Para contar o enredo sobre os 50 anos da verde-e-branco, o diretor de carnaval da Imperatriz, Wagner Araújo, começou lendo um texto sobre o tema que citava a formação de Ramos e pessoas importantes que moraram ou tiveram algum contato com a área da Leopoldina. Pixinguinha, Villa-Lobos, Bide e Marçal foram alguns dos homenageados.

Humor na Tijuca

Humor não faltou à Unidos da Tijuca, que para contar o enredo "Tijuca 2009: Uma odisséia sobre o espaço", levou drag queens para o palco. Cada uma representava um planeta do sistema solar. No Salgueiro, o ritmo ancentral africano regeu a encenação, que mostrou a história dos tambores, enredo da vermelho-e-branco. A bicampeã Beija-Flor encerrou a festa sem brilho. Para mostrar o enredo sobre a história do banho, a azul-e-branco usou uma esquete teatral com três travestis que brincaram com o fato do hábitual de se lavar.

Galisteu fica 30 minutos na festa

Depois da festa, está aberta a caça por fantasias das rainhas de bateria. Carnavalescos e estilistas quebram a cabeça buscando inspiração para as roupas que suas musas inspiradoras vão usar na Avenida. Quem saiu na frente foi a Unidos da Tijuca com a rainha Adriane Galisteu. A apresentadora, que fez passagem relâmpago na Cidade do Samba para assistir a apresentação dos enredos - só ficou 30 minutos -, vai representar o sol à frente da bateria da escola do Bóreu. "Ainda não pensamos nos materiais que usaremos", afirma o carnavalesco Luis Carlos Bruno.

Outra que já começou a pensar na fantasia que usará é a ex-BBB Gyselle Soares. "O enredo da Grande Rio tem como tema a colonização francesa e estou pegando referências da época de Carmem Miranda com amigas estilistas francesas", disse Gyselle, que morou na França antes de se tornar famosa no Brasil.

Quem também fará sua estréia na Sapucaí pela tricolor de Caxias é a ex de Ronaldo Fenômeno, Raica Oliveira. A modelo foi convidada pelo presidente de honra da escola Jayder Soares e já aceitou. "A Raica já era amiga da escola desde a época em que namorava o Ronaldo. Será uma grande estréia para nossa escola", disse Jayder.

Confira análises de algumas das apresentações:

Império Serrano (Enredo: A Lenda das Sereias e os Mistérios do Mar)
Primeira escola da noite, o Império usou a carnavalesca Márcia Lávia para falar do enredo que é uma reedição do carnaval de 1976. Sentada junto a um piano, ela abriu passagem para um grupo de dançarinos que, caracterizados com motivos marítimos, fizeram coreografias que lembravam movimentos de ondas e de seres do mar. No telão, foram projetadas imagens de natureza, rios e mares.

No encerramento, antigos sambistas da escola como Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira foram homenageados, assim como momentos do desfile campeão de 2008. O intérprete Gonzaguinha e Jorginho do Império subiram ao palco entoando o samba de 76 acompanhados do casal de casal de mestre-sala e porta-bandeira, Jaqueline e Diego, e da rainha de bateria, Quitéria Chagas. Uma apresentação correta, mas que não soube explorar o potencial do samba-enredo antológico em questão.

Porto da Pedra (Enredo: Não me proíbam de criar, pois preciso curiar! Sou o país do futuro e tenho que inventar!)
Baseada no balé coreografado por Regina Sauer, a apresentação mostrou a evolução da Humanidade através do progresso gerado pela curiosidade, tema principal do enredo. A encenação voltou no tempo e mostrou a Gênesis e a curiosidade de Adão e Eva, a descoberta do fogo, a Caixa de Pandora, a alquimia e o apocalipse. Os grandes inventores também tiveram destaque, principalmente Santos Dumont, que teve o seu 14-Bis retratado no palco no figurino de um dos dançarinos.

Mangueira (Enredo: A Mangueira apresenta os Brasis do Brasil, mostrando a formação do povo brasileiro)
Para contar a história do povo brasileiro na visão de Darcy Ribeiro, a verde-e-rosa optou por uma apresentação bastante didática. O carnavalesco Roberto Szaniecki simulou um entrevista com o intelectual, onde ele detalhava parte do processo de miscigenação do povo brasileiro. Bem ensaiada, no entanto, a encenação sofreu com pequenas falhas de som. Além disso, os adereços e alegorias usadas na teatralização ficaram ofuscados pela projeção e não tiveram efeito cênico desejado. No fim, o casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola, Marquinhos e Geovanna, bailou ao som do clássico "Exaltação à Mangueira".

Vila Isabel (Enredo: Neste palco da folia, é minha Vila que anuncia: Theatro Municipal - A centenária maravilha)
A azul-e-branco iniciou sua apresentação com um ator representando o escritor João do Rio, autor do clássico "A Alma Encantadora das Ruas". Em seguida, a escola inovou e usou sombras para interagir com as imagens que apareciam num painel gigante montado exclusivamente pela escola. Enquanto os "personagens" viam as transformações do Rio ocorridas nas primeiras décadas do século XX, espetáculos importantes do Municipal eram lembrados na projeção, entre eles "Orfeu da Conceição" e "Lago dos Cisnes".

No fim, João do Rio reapareceu para saudar o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho e Rute, que estavam vestidos como se fossem bailarinos. Preparada por Alex de Souza e Paulo Barros, a encenação primou pelo conteúdo e pela sutileza. Nota 10.

Mocidade (Enredo: Mocidade apresenta: Clube Literário - Machado de Assis e Guimarães Rosa... Estrelas em poesia!)
Apesar dos problemas com o coreógrafo Fábio de Mello, que foi demitido e readmitido na semana passada, a escola conseguiu fazer uma encenação à altura de seu grande enredo. No palco, o grupo promoveu um encontro entre os dois homenageados do enredo: Machado de Assis e Guimarães Rosa. Machado foi vivido pelo diretor de carnaval da escola, José Luiz Azevedo, enquanto o autor de "Grande Sertão: Veredas" foi representado pelo ator Stepan Nercessian. Com um cenário caprichado que parecia a moldura de um livro, a apresentação foi encerrada pela a atriz Zezé Motta cantando "A Voz do Morro", de Zé Keti, e pelo o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rafel e Marcella Alves.

Imperatriz (Imperatriz... Só quer mostrar que faz samba também!)
Para contar o enredo sobre os 50 anos da verde-e-branco, o diretor de carnaval Wagner Araújo começou a apresentação lendo um texto sobre o tema que citava a formação de Ramos e pessoas importantes que moraram ou tiveram algum contato com a área da Leopoldina. Pixinguinha, Villa-Lobos, Bide e Marçal foram alguns dos homenageados. No telão, imagens de desfiles antigos e vitoriosos da agremiação foram projetadas. Um grupo de dançarinos tentou ainda, sem sucesso, interagir com as imagens. Pouco elaborada, a encenação pecou pela ausência de conteúdo e criatividade.