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Império Serrano mostra organização; samba é destaque no ensaio da Mangueira
Quitéria Chagas, do Império, e Gracyanne Barbosa, da Verde-e-Rosa, brilham à frente dos ritmistas
Rio - Império Serrano e Mangueira incendiaram neste domingo a Sapucaí durante a segunda noite de ensaios técnicos do Grupo Especial. Mais de 20 mil pessoas encheram as arquibancadas da Avenida para conferir um pouco do que as duas escolas estão preparando para o desfile. As rainhas Quitéria Chagas, do Império, e Gracyanne Barbosa, da Verde-e-Rosa, brilharam à frente dos ritmistas.
FOTOS DO ENSAIO DO IMPÉRIO SERRANO
O Império abriu o ensaio às 20h cantando "A lenda das sereias e os mistérios do mar", reedição do Carnaval de 1976. A festa contou com o casal de mestre-sala e porta-bandeira Jacqueline e Diego, o compositor Arlindo Cruz e uma alegoria de São Jorge, originária do desfile de 2006 e que foi restaurada. Na Avenida, Quitéria mostrou que está afinada com a bateria de Mestre Átila. "Ensaio é sério. Comigo não existe meio termo", disse a atriz, que fez preparação digna de desfile: "Fiquei o dia inteiro me concentrando para chegar aqui e arrasar".
O personal-stylist Yuri Granero adiantou que Quitéria virá de cabelos longos, como sereia, deixando o coque dos anos anteriores. Ele orientou a modelo a usar shortinho debaixo da saia. Mas na evolução a peça subiu e se transformou em fio dental, arrancando suspiros.
FOTOS DO ENSAIO DA MANGUEIRA
Antes de a Mangueira iniciar o ensaio, foi inaugurada placa que denomina parte da concentração da Sapucaí como Espaço Jamelão, homenagem ao intérprete morto em junho deste ano. Com o enredo "A Mangueira traz os brasis do Brasil mostrando a formação do povo brasileiro", a Verde-e-Rosa entrou na Avenida às 22h. "Dia do ensaio técnico é como se fosse dia de desfile. Estava ansiosa", disse Gracyanne, que tem comparecido a todos os ensaios.
VÍDEO: GRACYANNE SAMBA COM A BATERIA DA MANGUEIRA
Como novidade, a Mangueira trouxe de volta os casais mirins de mestre-sala e porta-bandeira, que estavam fora havia 25 anos. Quinze pares participaram do ensaio. A próxima a ensaiar é a Vila, sexta-feira, às 21h.
Império: bateria faz apresentação arrebatadora
Em sua volta ao Grupo Especial, o Império mostrou que está trabalhando firme para fazer bonito na Sapucaí e lutar para permanecer no grupo. Devidamente identificados, os cerca de 2.700 integranes não tiveram dificuldades para evoluir. Se no ano do rebaixamento, em 2007, o grande problema era a falta de comando para que a escola evoluísse bem na Avenida, desta vez o Império provou que aprendeu com os erros. A entrada da bateria no segundo box, por exemplo, foi perfeita; assim como a saída.
O samba-enredo, grande trunfo para o desfile, funcionou. Embora o público das arquibancadas não tenha correspondido o esperado, os componentes fizeram a sua parte e cantaram com garra a obra de Vicente Mattos e parceiros. Apenas num momento, quando a primeira ala passava em frente ao segundo módulo de julgadores, a harmonia precisou agir para acertar o canto. Mandou a ala parar de cantar e fez com que os componentes ouvissem o que o intérprete cantava para assim poderem retomar na parte correta.
A bateria de Mestre Átila deu o habitual show e fez uma apresentação arrebatadora. Chamada de Sinfônica do Samba, a bateria do Império faz história toda vez que pisa na Sapucaí. Para os apreciadores de boa música é simplesmente um deleite. Em sua volta à escola, Nêgo conduziu com competência o carro de som.
Sob o comando de um novo coreógrafo, João Wlamir, a comissão de frente mostrou entrosamento. O grupo, no entanto, decidiu usar o treino apenas para testar o tempo e o espaço e com isso escondeu a coreografia do dia do desfile.
Já o casal estreante de mestre-sala e porta-bandeira, Diego e Jacqueline, ainda precisa ensaiar bastante. Dentre os quesitos apresentados neste domingo, este parece ser o que precisa de mais atenção. O vento atrapalhou um pouco a evolução do casal, mas a dupla precisa de mais entrosamento e tranqüilidade no bailado.
Para o diretor de Carnaval Walter Honorato, a exibição do Império foi positiva. "Há muito tempo eu não via a escola desfilando tão organizada. Para o primeiro ensaio foi ótimo. Os erros serão avaliados depois de vermos a filmagem do ensaio". Honorato afirmou ainda que o samba será o grande diferencial. "O samba vai nos ajudar muito. Faz parte de uma estratégia. Ele não é o melhor samba da história do Império, mas é uma obra ótima para desfilar", completou.
Samba-enredo da Mangueira embala boa apresentação
Segunda escola a se apresentar, a Mangueira fez um bom ensaio. O samba-enredo e a garra dos componentes foram os principais destaques. Na comissão de frente, a coreógrafa Janice Botelho estreou com o pé direito. Bastante tranqüila, Janice vibrava a cada aplauso das arquibancadas. Embora ainda precise ajustar melhor o tempo de apresentação para os jurados - já que as duas primeiras atrapalharam um pouco a evolução das primeiras alas -, o grupo mostrou entrosamento, sincronia e ousadia.
VÍDEO DA COMISSÃO DE FRENTE DA MANGUEIRA
Sem mestre Taranta, que sofreu um acidente doméstico e foi desaconselhado pelos médicos a sair de casa, a bateria da Mangueira fez uma apresentação competente, com Mestre Marrom à frente dos ritmistas. O casal de mestre-sala Marquinhos e Geovanna desfilou fantasiado e também brilhou.
Composto por Lequinho, Gusttavo Clarão, Júnior Fionda e Gilson Bernini, o samba-enredo foi a grande sensação deste primeiro ensaio da Mangueira. Não que pairasse alguma dúvida sobre a qualidade da obra, mas impressinou neste domingo a garra com que o componente está defendendo seu hino. Problema recorrente até 2008, a harmonia da verde-e-rosa funcionou e garantiu o bom desempenho das alas até a Praça da Apoteose.
Para o presidente do Conselho de Carnaval da Mangueira, Celso Rodrigues, o ensaio surpreendeu a diretoria. "Para um primeiro ensaio, foi bastante surpreendente. O samba funcionou muito bem e foi correspondido pelas arquibancadas". Na avaliação do dirigente, o desempenho indica uma "vontade maior" dos componentes. "Todos na escola estão "mordidos" com o resultado de 2008. Queremos dar a volta por cima", acrescentou.
Colaborou: Carol Campanharo